terça-feira, 9 de agosto de 2011

Onda de violência na Inglaterra atinge em especial lojas de eletrônicos; galpão da Sony é destruído pelo fogo


Tudo começou com um protesto pacífico contra a morte de Mark Duggan, suposto traficante de drogas e membro de gangue, morto pela polícia britânica a tiros de submetralhadora. Mas a morte de Duggan foi o estopim para os tumultos em Tottenham, bairro pobre de Londres, que se espalharam para outras cidades da Inglaterra. Carros e ônibus foram queimados, vitrines foram quebradas e lojas foram saqueadas – e as lojas de eletrônicos foram os principais alvos.
A maior parte dos danos causados pelos tumultos ocorreu em Londres, mas a loucura se espalhoupor Liverpool, Birmingham e outras cidades inglesas. Ao que parece, a maior parte dos saqueadores eram adolescentes e crianças com 11 anos ou mais, com um gosto específico por artigos esportivos e eletrônicos. Um vídeo de uma testemunha ocular no bairro londrino de Brixton mostra que lojas de celular eram grandes alvos provavelmente porque eles são “itens valiosos e pequenos com os quais você pode sumir rapidamente”.
E não foram só as lojas de eletrônicos que sofreram: um galpão da Sony com 20.000m² na zona norte de Londres foi saqueado e incendiado hoje de madrugada. A Sony diz que ele era usado apenas para armazenamento de Blu-rays, CDs e DVDs, mas relatos dizem que os saqueadores roubaram TVs e consoles também. A estrutura do galpão, com três andares, cedeu hoje.
Os tumultos não foram um protesto organizado, mas vários ataques foram planejados e coordenados usando o BBM, serviço de mensagens instantâneas do BlackBerry, smartphone líder de mercado entre os jovens ingleses, com 37% do mercado. A RIM, fabricante do BlackBerry, disse estar ajudando as autoridades nas investigações. E a atitude da polícia em relação ao uso de tecnologia nos tumultos é animadora: “não cabe a nós reclamar sobre isso, cabe a nós adaptar a forma de policiamento e lidar com isso”.
Os tumultos estão acabando. As pessoas voltam às suas casas, começam a limpeza da cidade, e até mesmo a identificar quem participou dos tumultos usando fotos publicadas na internet. E, felizmente, conseguimos encontrar beleza mesmo num momento tão grave. [BBC]

Novo aplicativo de mensagens do Facebook quer destruir SMS, o BBM e tudo que aparecer pelo caminho


Apesar das mudanças recentes (e irritantes) do chat  do Facebook, ele conseguiu se tornar uma ferramente muito prática para conversas. Agora, a maior rede social do mundo quer a coroa do assunto no mundo móvel — mensagens de texto e afins. O Facebook Messenger oferece conversas por texto, exibe privativamente sua localização e mostra um monte de fotos.
O aplicativo dedicado para mensagens é separado do aplicativo principal do Facebook para iOS eAndroid, e oferece um sistema de um clique para entrar em uma conversa. Se seus amigos estiverem online Facebook (e a chance é alta), eles receberão a mensagem por meio da caixa de entrada. Caso eles não estejam ou não tenham o Messenger instalado, é possível enviar o conteúdo via SMS, sem qualquer diferença do formato atual. Conversas com mais de uma pessoa, no estilo BBM, estarão disponíveis, com salas de tópicos para facilitar o papo. Se você quiser passar sua localização para um amigo, é possível enviá-la privativamente, e ela surge como uma marcação no mapa. Curtindo a pizza do lugar? Compartilhe uma foto também. E ele pode enviar mensagens push no iPhone, ou seja, trata-se de uma ferramente de comunicação bem completa no bolso. Há grandes chances de ele virar o aplicativo padrão de mensagens de muita gente.
Aplicativos de mensagens de nicho, como o GroupMe e o WhatsApp, sem dúvida têm razões para tremer. Fazer todo mundo se inscrever nesses apps é muito chato. Fazer todo mundo entrar no Facebook será — opa, peraí, todo mundo já está lá há anos. [Facebook via Inside Facebook]